(Foto: Divulgação)
Leandro foi contido em local isolado e levado à Santa Casa em estado grave; polícia investiga se houve excesso na tentativa de imobilização.
Na madrugada deste domingo (25), uma ocorrência grave mobilizou equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal na cidade de Cajobi, interior de São Paulo. Durante uma festa em uma casa de eventos na Rua Ângelo Veroneze, uma discussão entre um casal evoluiu para agressões violentas e terminou com a morte de um homem em circunstâncias suspeitas.
De acordo com o boletim de ocorrência, Leandro T. S. E., após um desentendimento com a companheira P. N. S., desferiu vários socos no rosto da vítima e a jogou contra o solo. O caso foi presenciado por várias testemunhas.
Após a agressão, Leandro fugiu do local correndo em direção a um pasto nos arredores da casa de festas. Em determinado momento, ele retornou nu e em estado de fúria, apos seu amigo A.P. O. R. tentar conte-lo, acabou mordendo a orelha do amigo, causando uma lesão.
Comportamento alterado e agressivo, Leandro foi contido dentro do pasto, em um local de difícil acesso, com escuridão e cercado por arame farpado. Quando as equipes da Guarda Civil Municipal, composta pelos agentes Rafael Antonio Silveira e Ailton Antonio do Prado, e da Polícia Militar, representada pela CB PM Francieli Araujo Rodrigues Quitério e o PM Reginaldo Aparecido Grasseis, chegaram, encontraram o homem com sinais vitais fracos, olhos virados e sem resposta.
Devido à urgência, ele foi levado na própria viatura da Guarda Civil até a Santa Casa de Cajobi, onde o óbito foi constatado pelo médico, com suspeita de fratura cervical como causa da morte.
P., a companheira agredida, foi inicialmente socorrida por amigas e depois transferida à Santa Casa de Barretos devido à gravidade dos ferimentos no rosto e corpo.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E TENTATIVA DE FEMINICÍDIO
O caso foi registrado como violência doméstica, lesão corporal, morte suspeita e tentativa de feminicídio. A vítima foi cientificada de seus direitos conforme a Lei Maria da Penha, incluindo a possibilidade de representar criminalmente contra o autor em até seis meses e solicitar medidas protetivas de urgência.
Perícias foram requisitadas tanto no local dos fatos quanto nos corpos das vítimas e do autor. As circunstâncias da morte de Leandro serão investigadas para verificar se houve possível excesso na contenção por parte dos presentes ou se decorreu das agressões sofridas durante a fuga.
