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MIRASSOL - Grupo atropelado em manifestação recebe alta, justiça decreta prisão preventiva de condutor

MIRASSOL - Grupo atropelado em manifestação recebe alta, justiça decreta prisão preventiva de condutor

Condutor avançou sobre multidão que estava na pista da rodovia Washington Luís; ele foi preso em flagrante e a justiça decretou prisão preventiva.

Manifestantes que foram atropelados por um carro em um bloqueio na rodovia Washington Luís, em Mirassol (SP), receberam alta médica.

Várias pessoas gravavam vídeos do ato, na tarde de quarta-feira (2), e registraram quando um carro prateado acelerou e atropelou o grupo que estava no meio da pista

Segundo o capitão da Polícia Militar Rodoviária de Rio Preto, Maurício Noé Cavalari, 17 pessoas foram atingidas pelo veículo. Duas meninas, de 10 e 11 anos, e três policiais militares estão entre as vítimas, sete foram encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mirassol, onde foram medicadas e liberadas. Outras quatro foram levadas a hospitais de São José do Rio Preto, mas apenas três seguem internadas. Não há informação sobre os demais atropelados. Ninguém morreu.

Ainda de acordo com o capitão, várias ambulâncias foram acionadas e levaram os feridos para hospitais e unidades de saúde da região.

“Fizemos isso para não sobrecarregar os hospitais. Retiramos o condutor e a passageira do carro para levá-los à delegacia em segurança. Também conseguimos conversar com os manifestantes e liberar a rodovia por completo”, afirmou.

O motorista do carro que atropelou o grupo foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, levado à delegacia de Mirassol e encaminhado à Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Rio Preto. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva.

Ele disse à Polícia Civil que acelerou o veículo após ser agredido por participantes do bloqueio.

A Polícia Civil de Mirassol segue investigando o caso para descobrir se o depoimento do motorista é verdadeiro. Testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.

 

Negociação

A Polícia Militar negociava com os manifestantes sobre o desbloqueio da rodovia quando o atropelamento aconteceu.

“Estávamos em negociação com os manifestantes para poder desobstruir a via por completo. A negociação era pacífica, quando teve a interrupção total da pista. Alguns manifestantes chegaram a deitar na rodovia. Não houve uso de força, mas um condutor arrancou bruscamente sobre as pessoas. Ele só parou quando os policiais fizeram a abordagem”, disse Maurício Noé Cavalari, capitão da Polícia Militar Rodoviária de Rio Preto.

De acordo com o coronel do Comando de Policiamento do Interior 5 (CPI-5), Carlos Enrique Forner, manifestantes tentaram agredir o motorista que atropelou o grupo, mas foram impedidos por equipes da corporação. Muitas pessoas cercaram o carro depois do atropelamento e danificaram o veículo.

(Foto: Renato Martins/temmais.com)

“Desde o início das manifestações, nós temos tido interdição pelos caminhoneiros. Essa parte já estava controlada, mas, infelizmente, temos alguns manifestantes sapecas. Eles estavam na pista, fazendo uma manifestação pacífica, quando um dos motoristas investiu contra os manifestantes. A própria polícia fez a abordagem. Tínhamos a preocupação porque os manifestantes queriam linchar o motorista”, afirmou.
(Fonte: temmais.com)

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