(Foto: Divulgação)
Com a morte do Papa Francisco, Igreja Católica se prepara para escolher novo líder em cenário global e imprevisível
Após o falecimento do Papa Francisco aos 88 anos, o Vaticano inicia o processo de escolha de seu sucessor. O conclave, que reúne 135 cardeais com menos de 80 anos e, portanto, aptos a votar, ocorrerá na Capela Sistina. Este será o primeiro conclave em que 80% dos eleitores foram nomeados pelo próprio Francisco, refletindo uma Igreja mais globalizada e menos centrada na Europa.
A composição atual do colégio eleitoral é diversa: 53 cardeais da Europa, 23 da América Latina, 23 da Ásia, 18 da África, 14 da América do Norte e 4 da Oceania. Essa distribuição reflete a crescente presença do catolicismo fora do continente europeu, marcando uma mudança significativa na dinâmica da Igreja.
Entre os principais nomes cotados para assumir o papado estão:
-
Cardeal Pietro Parolin: Secretário de Estado do Vaticano, italiano, conhecido por sua habilidade diplomática e proximidade com Francisco.
-
Cardeal Luis Antonio Tagle: Filipino, ex-arcebispo de Manila e atual prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, visto como um símbolo da Igreja na Ásia.
-
Cardeal Peter Turkson: Ganês, ex-prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, representando a crescente influência africana na Igreja.
-
Cardeal Fridolin Ambongo Besungu: Congolês, arcebispo de Kinshasa, defensor dos direitos humanos e da justiça social.
Especialistas apontam que, apesar da maioria dos cardeais eleitores terem sido nomeados por Francisco, o conclave não necessariamente seguirá uma linha progressista. As nomeações de Francisco foram diversas, abrangendo diferentes correntes dentro da Igreja.
A escolha do novo papa será crucial para definir os rumos da Igreja Católica nos próximos anos, especialmente em temas como reforma da Cúria, papel das mulheres, celibato clerical e questões sociais contemporâneas.