“Planeta Água: um mergulho na mitologia brasileira”, promovida pelo grupo Artrilha, conta com obras inéditas de seis artistas: Ama Luna, Ana Paula Jardine, Helen Betune Wolf, Patylene, Simone Ceia e Edna Carla Stradioto, que também é curadora do projeto; abertura será neste domingo, 3 de março, na Estação Cultural de Olímpia – ECO
Olímpia, 28 de fevereiro de 2024 – Seis mulheres conectadas a sua arte em suas mais variadas representações e interligadas pelo desejo de promover um passeio pela história, revisitando a mitologia guarani, com suas lendas e mitos, enquanto promovem uma homenagem às águas que banham Olímpia e destacam a importância do Aquífero Guarani criaram a exposição “Planeta Água: um mergulho na mitologia brasileira”, promovida pelo grupo Artrilha em parceria com a Secretaria de Turismo e Cultura da Estância Turística de Olímpia.
Sob curadoria da também artista Edna Carla Stradioto, a exposição apresenta 38 trabalhos inéditos das artistas Ama Luna, Ana Paula Jardine, Helen Betune Wolf, Patylene, Simone Ceia e da própria Edna. São obras de arte contemporânea confeccionadas especialmente para o evento que abre para a visitação do público a partir deste domingo, 3 de março, logo após a vernissage que será realizada na Estação Cultural de Olímpia – ECO às 16h. “Planeta Água: um mergulho na mitologia brasileira” fica em cartaz até o dia 31 de dezembro, a entrada é gratuita e o horário de visitação é de terça a domingo, das 15h às 21h.
A exposição coletiva explora uma diversidade de técnicas de cada uma das artistas. São obras em cerâmica de Ana Paula Jardine; esculturas bidimensionais de Patylene; instalações aéreas e obras cinéticas de Edna Carla Stradioto; obras inspiradas em formas Lichtenberg de Ama Luna; produções têxteis e com material ressignificado de Simone Ceia; e artes com papel reciclado de Helen Betune Wolf.
“Conhecer bem o espaço e as potencialidades espaciais da ECO, bem como a importância da cidade no cenário cultural foram fundamentais para a produção da exposição. Além disso, trabalhar com as outras artistas em tantas produções possibilita a mim, como curadora e organizadora, compreender as poéticas de produção de cada uma a ponto de trazer o melhor de suas possibilidades para o evento. Esperamos que o público se encante com as produções e faça esse mergulho conosco na mitologia Guarani”, comenta a curadora Edna Carla Stradioto.
Cada artista apresenta um olhar sobre as águas, a sua importância e vincula suas produções com a ancestralidade dos povos guaranis em trabalhos resultantes de muita pesquisa e estudo a partir de textos de escritores indigenistas e de suas próprias vivências. A disposição das obras também foi pensada para construir uma narrativa que vai levar o público a uma viagem pela mitologia Guarani e promover um mergulho na importância e relevância do Aquífero.
O caminho começa justamente com o Aquífero Guarani como a origem da vida representado pelas obras em cerâmica de Ana Paula Jardine, cuja plasticidade remete aos tons e beleza das águas. As esculturas de Patylene surgem em seguida narrando o fluxo da água que alimenta e abastece a geografia por onde passa.
Em seguida, o público é convidado conhecer os mitos guaranis com as obras de Edna Carla Stradioto. Interativa, a instalação vai promover uma celebração da dança da chuva para, então, fazer chover. E é a chuva, o alimento do aquífero, que está presente também nas formas Lichtenberg de Ama Luna, que apresenta uma instalação com 58 metros de papel para representar a forma como a água penetra no aquífero, alimentando-o.
O público segue para a outra sala e encontra os mitos guaranis na arte têxtil de Simone Ceia, que confecciona seus trabalhos ressignificando objetos variados. A exposição termina com a arte sustentável em papel de Helen Betune Wolf, que representa a arte guarani em toda a sua força e sensibilidade, inspirada pelo próprio artesanato Guarani.
Completando a grande diversidade de linguagens artísticas do projeto, a exposição ainda contará com um mini documentário de aproximadamente 10 minutos que apresentará ao público os temas abordados e o trabalho das artistas.
“Planeta Água é uma homenagem à origem dos povos ancestrais Guaranis e aos recursos naturais em água doce que temos abundantemente aqui. Prestar esse tributo à mitologia originária dos povos nativos brasileiros é recolocar no centro da nossa cultura a verdadeira ancestralidade do nosso país”, acrescenta Edna.
Sobre as artistas
Ama Luna é artista plástica e psicóloga de Santos (SP). Realiza suas pesquisas sobre as estruturas ramificadas que se repetem em toda a natureza. Nas folhas e galhos das árvores, nas veias e artérias, nas sinapses, nas superfícies de rios, nos oceanos e na superfície da pele, conhecidas como formas de Lichtenberg. O componente principal é o Nanquim Preto (tinta chinesa), usado nas artes plásticas e na área da saúde como contraste na detecção de doenças neurológicas graves como o fungo negro.
Ana Paula Jardine é formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Artes, bacharelado em cerâmica, desde 2001. Trabalhou durante seis anos com projetos culturais dentro de programas do Sebrae/RS, desenvolvendo produtos artesanais junto a comunidades locais. Veio para São Paulo em 2004 e retomou a cerâmica dando aulas, ministrando workshops e participando de exposições e salões de arte. Desenvolveu uma linha de cerâmica utilitária e criou a marca “JoAna de Barro” com produtos comerciais.
Edna Carla Stradioto, de São José do Rio Preto (SP), é editora-chefe, curadora de artes e artista plástica. Como editora-chefe, lidera há três anos a Revista Artrilha, um livro de arte com seis publicações. Como curadora, já realizou mais de 27 produções culturais com a participação de quase 800 artistas, por meio do grupo Artrilha, que fundou em 2018. Nas artes visuais utiliza-se da pintura em aquarela, principalmente no estilo figurativo. Tem migrado seu trabalho para obras tridimensionais e instalações, integrando peças cinéticas, constituídas de pequenas dimensões e obras redondas que são emolduradas por uso alternativo de materiais.
Helen Betune Wolf, artista plástica brasileira, nasceu em São Paulo (SP). Graduada em psicologia pela Universidade Federal de São Carlos, atuou como psicóloga até o ano de 2018 quando passou a se dedicar exclusivamente ao estudo e trabalho com arte. Nas artes visuais elegeu o papel como seu principal suporte. Sua arte envolve constantes experimentações. Utiliza técnicas de papel machê, papelagem, colagem (com materiais que seriam descartados) e, mais recentemente, aquarela.
Patylene, artista plástica de Rio Claro (SP), é abstracionista, matérica e trabalha com esculturas de parede com trabalhos com grande volumetria. Com suas obras busca interpretar percepções da natureza e colocar seu olhar e sentimento e transmitir sua visão do belo, do estranho, do assustador, do feio, do sobrenatural, do mistério.
Simone Ceia é artista visual de Mangaratiba (RJ). Iniciou sua carreira em pintura acrílica e colagem em 2019, quando migrou da área de produção de eventos para as artes visuais. Como suporte para suas pinturas e colagens, usa qualquer material disponível, como telas, painéis de madeira, tecido e papéis diversos, valorizando a ressignificação de materiais para suporte.
Sobre o Artrilha
O Artrilha é um grupo especializado em artes visuais que atua na organização de exposições, leilões, revista e edição, salões de arte e curadoria na categoria de artes visuais. O projeto é encabeçado por Edna Carla Stradioto, fundadora e editora-chefe da Revista Artrilha.
Recentemente, destacou-se na produção coletiva de exposições para a Pinacoteca João Nassar, na Estação Cultura de Catanduva (de abril a junho de 2023), com o evento Arte no Papel: Papel da Arte, e na Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu, com a exposição EENY MEENY MINE MOE (de outubro de 2023 a janeiro de 2024).
Edna é também organizadora e curadora do projeto Pass_ar_os, uma instalação aérea formada por 600 esculturas com a participação de 30 artistas brasileiros que esteve em cartaz na Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu (outubro de 2023 a janeiro de 2024) e que está agendada para o Centro Cultural Palace de Ribeirão Preto (maio a julho de 2024). O projeto, inédito na iniciativa cultural do cenário brasileiro, está em estudo para o calendário de vários outros espaços renomados do estado de São Paulo e Rio de Janeiro.
Serviço:
Exposição: Planeta Água: um mergulho na mitologia brasileira
Artistas: Ama Luna, Ana Paula Jardine, Edna Carla Stradioto, Helen Betune Wolf, Patylene e Simone Ceia
Curadoria: Edna Carla Stradioto
Período: de 03 de março a 31 de dezembro
Local: Estação Cultural de Olímpia – ECO (Rua Cel. José Medeiros, 477, Olímpia – SP)
Visitação: de terça a domingo, das 15h às 21h
Produção cultural: Artrilha e Secretaria de Turismo e Cultura da Estância Turística de Olímpia
Entrada gratuita